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Carta Macro Agosto 2024

|09.09.2024

A performance dos ativos financeiros em agosto foi marcada por uma forte volatilidade no início do mês refletindo a preocupação com um cenário de recessão na esteira dos dados mais fracos do mercado de trabalho. Mas apesar dessa volatilidade inicial, a bolsa de valores recuperou ao longo do mês com o S&P 500 subindo 2,4% em agosto, na sequência da alta de 1,2% em julho. O S&P 500 “equal weight” subiu 2,5% no mês. Já no mercado de renda fixa o movimento inicial foi de forte queda nas taxas de juros, que permaneceram em patamares baixos ao longo do mês. Com isso, a cesta de títulos do tesouro americano subiu 1,4% em agosto. A taxa do título de 10 anos caiu 30 pontos-base no mês, terminando agosto em 3,8%. As taxas mais curtas (2 anos) caíram 40 pontos-base encerrando o mês em 3,9%.

A evolução dos dados econômicos desde junho continuava apontando na direção de um “pouso suave”, com dados de inflação e crescimento mais fracos. Com isso o mercado vinha ajustando gradualmente a expectativa de tamanho do ciclo de cortes de juros, mas após o relatório de emprego mais fraco e a forte queda dos ativos de risco houve especulação que seria necessária até mesmo uma reunião extraordinária para reduzir a taxa de juros antes da reunião de setembro.

Os dados econômicos ao longo do mês e os discursos dos membros do Fed reduziram a expectativa de uma reunião extraordinária, mas continuaram mantendo as apostas de um ciclo de corte de juros mais forte nesse ano, com elevada probabilidade de cortes a um ritmo de 50 pontos-base. O texto lido por Jerome Powell durante o simpósio em Jackson Hole deixou claro que a inflação já não mais preocupa o Fed, que passa agora a focar no mandato do mercado de trabalho, em particular notando que o Banco Central “não almeja, nem vê com bons olhos um maior arrefecimento no mercado de trabalho”.


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