Cartas
CartasCarta II: JGP Crédito ESG Novembro 2022
Introdução
Essa segunda Carta de Crédito ESG é uma celebração da nascente tradição da JGP em manter nossos investidores informados não só da performance financeira de seus investimentos conosco, mas dos demais impactos sociais, ambientais e de governança – positivos e negativos – gerados por nossos fundos.
Acreditamos que os resultados apresentados nas próximas páginas são uma demonstração do aumento de maturidade da JGP na gestão das estratégias de sustentabilidade e na incorporação dos indicadores ESG em nossas tomadas de decisão de investimentos. Se 2021 foi o ano de compromissos e promessas, 2022 é o ano em que estamos entregando as estratégias para cumprimento de nossos acordos internacionais e demonstrando como é possível contribuir com o combate às mudanças climáticas sem comprometer os retornos financeiros para nossos investidores.
Entretanto, não podemos nos conformar com os primeiros avanços obtidos.
Nosso objetivo segue orientado para criação de uma trajetória futura para os investimentos realizados via nossos fundos ESG, baseada na replicação dos passos até agora tomados. A inovação deverá ser constante e o incremento da transparência uma diretriz para a boa gestão fiduciária. As finanças sustentáveis são a nova realidade do mercado financeiro. Cabe à JGP abrir o caminho para que nossos investidores estejam inseridos nas dinâmicas mais favoráveis dessas nascentes e irreversíveis tendências.
Nossos avanços
As aspirações que nos conduziram para absorção das melhores práticas da sustentabilidade em nossos processos de investimento foram reforçadas neste ano de 2022. Ao constituirmos o Fundo de Crédito ESG em novembro de 2020, o cenário das finanças verdes no Brasil era nascente e, portanto, escasso em oportunidades de investimentos. As taxonomias se irrompiam em um big bang, multiplicando diferentes perspectivas sobre o grau de maturidade ESG das empresas e de suas emissões de dívida. A insegurança sobre os reais impactos sociais e ambientais dos ativos era fruto direto desse desalinhamento de taxonomias e falta de transparência dos processos de monitoramento.
Em resposta às instabilidades e incoerências de algumas taxonomias e certificações, incorporamos o rigor analítico que até hoje se mantém em nosso processo de diligência ESG. Durante 2021 e 2022, nosso desafio imposto foi como operar em um mercado que, apesar de ter se expandido na casa dos três dígitos em quantidades e volume de ofertas com certificação ESG, não necessariamente estava articulado com uma teoria da mudança sistêmica para a sociedade brasileira. A única solução capaz de superar esse desafio foi o rompimento com um padrão passivo de análise para um papel ativo na prospecção e qualificação de títulos que pudessem ser investidos em nossa estratégia de alocação de capital.
Essa decisão de assumirmos o desafio da originação e estruturação proprietária – que repercutiu em outras estratégias de diferentes mandatos e fundos de crédito da JGP – reverteu nos primeiros ativos que dialogavam com nossa visão de futuro para uma economia verde, regenerativa, justa e inclusiva, e com as expectativas de retorno financeiro e segurança de nossos investidores. Esses qualitativos, entretanto, foram alcançados aliando boa rentabilidade e risco ajustado para os fundos e investidores parceiros