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Relatório de Abril 2025
No mês de abril, os mercados globais foram impactados pelo “liberation day”, ocorrido em 02 de abril, quando o Presidente Trump anunciou as tarifas alfandegárias a serem aplicadas em todos os parceiros comerciais. O anúncio pegou o mundo de surpresa dada a magnitude elevada dos aumentos das tarifas e a forma de cálculo das mesmas, que não levou em conta a reciprocidade, mas sim teve o objetivo explícito de eliminar o déficit comercial americano com cada parceiro, o que obviamente é um resultado difícil de ser perseguido. Passado um mês, é possível observar com mais clareza os efeitos sobre os ativos financeiros. Nos EUA, as bolsas de valores sofreram muito em um primeiro momento, mas recuperaram boa parte do terreno perdido na segunda metade do mês, à medida que o Presidente Trump adiou em 90 dias a data para entrada em vigor do aumento das tarifas e sinalizou a intenção de negociar individualmente com cada país. A curva de juros norte-americana inclinou positivamente, com a taxa de 2 anos recuando cerca de 25 bps, a taxa de dez anos ficando praticamente inalterada e a taxa de 30 anos subindo 10bps. O Dólar perdeu valor contra uma cesta de moedas, principalmente contra os países desenvolvidos. Conclui-se que as ações dos EUA criaram grande incerteza nos investidores e abalaram o status do Dólar como reserva de valor. Reforça essa conclusão o fato do Ouro ter valorizado muito. Quanto à curva de juros, a interpretação é a de que, no curto prazo, haverá uma queda da atividade econômica, o que empurrou as taxas curtas para baixo, mas, por outro lado, a demanda por títulos mais longos foi afetada, puxando as taxas longas e levando a uma inclinação da curva
