Comunicação
MídiaMelhores do Mercado 2024: os vencedores do ranking de fundos sem 7 categorias
Renda Fixa | Crédito
privado (high grade) Investe em títulos de dívida de empresas bem avaliadas por agências de classificação de risco (alto grau de investimento)
Oportunidade em meio à crise
Americanas e Light impactaram o mercado de crédito em 2023, mas esses gestores conseguiramenxergar boas oportunidades em cenário desafiador
OS MELHORES DA CATEGORIA – listados em ordem alfabética
ATENA YIELD D30
BOCOM BBM CORPORATE CREDIT
BRADESCO ULTRA
ITAÚ PRECISION ALL
KINEA OPORTUNIDADE
PLURAL CRÉDITO CORPORATIVO II
POLO CRÉDITO CORPORATIVO
PORTO SEGURO IPÊ
SAFRA VITESS
1º lugar — Kinea Oportunidade
“Em 2022, observamos muitas ofertas de papéis trazidas pelos bancos, com emissões de cinco anos com a mesma diferença de compra e venda de um ano para a empresa. Assim, quando iniciamos 2023,a duration do fundo estava menor. Nós não tínhamos exposição aos créditos que deram problema no início daquele ano, como Americanas e Light. Com isso, não perdemos dinheiro com esses casos complicados. Além disso, o fundo foi desalocado nos primeiros quatro meses e, a partir de junho, começamos a comprar papéis de ótima qualidade, com a diferença entre preço de compra e venda alta. No segundo semestre, quando o mercado se recuperou desses eventos, capturamos esse ganho. Na parte de ganho de capital, conseguimos comprar papéis de empresas que estavam muito afetadas pela crise, dos setores de varejo, saúde e imobiliário, e que conseguiram mostrar resultados relevantes. Oque também protegeu os cotistas e trouxe bons retornos ao fundo foram as nossas duas outras áreas, de infraestrutura e real state.” Ivan Fernandes, gestor de crédito privado da Kinea.
2º lugar — Bradesco Ultra
“No segundo semestre de 2022, já tínhamos a perspectiva de que 2023 seria mais difícil para o crédito. Ajustamos a carteira, reduzindo drasticamente o varejo, incluindo Americanas. Mas claro que não esperávamos esse evento logo em janeiro, o que também acelerou a expectativa receosa. Com o crédito restrito, problemas em empresas frágeis surgiram mais rápido. A nossa carteira foi beneficiada pela redução da exposição em 2022. No momento em que vários fundos tiveram muitos resgates, os nossos estavam recebendo aportes. Tínhamos liquidez para comprar no mercado a um valor bem interessante. Usamos muito o mercado secundário. O resultado foi a boa rentabilidade ao longo de 2023. Com o mercado se recuperando no segundo semestre do ano passado, começamos a ver para 2024 pouca emissão para a volta de uma demanda de crédito. Observamos certo desespero, e alguns prêmios de risco estão saindo ‘amassados’. Vai ser um diferencial neste ano quem conseguir ficar fora dessas operações mal precificadas. Estamos cautelosos e queremos esperar essa demanda se concretizar para selecionar operações melhores.” Ana Rodela, head de crédito privado da Bradesco Asset
Renda fixa | Debêntures incentivadas
Focados na compra de debêntures com incentivos fiscais, como as voltadas para o financiamento de obras de infraestrutura Reforma tributária e nova lei de debêntures devem incentivar ainda mais o setor em 2024
OS MELHORES DA CATEGORIA – listados em ordem alfabética
ARX ELBRUS INFRA
AZ QUEST DEB INC
BNP PARIBAS SUSTENTÁVEL
BRADESCO DEB INC
BTG PACTUAL DEB INC
ICATU VANGUARDA INFRA
ITAÚ DEB INC
JGP DEB INC JUROS REAIS
SAFRA DEB INC
SPARTA DEB INC
1º lugar — Itaú Debêntures Incentivadas
“O fundo Itaú Debêntures Incentivadas tem 530 milhões de reais sob gestão, mas dentro da estratégia de crédito temos 280 bilhões de reais. Isso nos traz um benefício de escala, que é um dos pilares do nosso produto. Somos a maior asset de crédito privado, então temos acesso a operações exclusivas, que permitem maior seletividade nas escolhas. Tanto que, no ano passado, não tivemos nenhum evento de crédito no fundo — apesar do cenário desafiador para a indústria. Outro diferencial do Itaú Debêntures Incentivadas é a abordagem estrutural com uma análise de crédito muito robusta. Isso, junto com uma gestão ativa, com forte acompanhamento do mercado secundário, permite a geração de alfa. Para 2024, vemos uma forte valorização dos ativos de crédito por causa da nova restrição aos investimentos isentos de IR. Ainda que tenhamos observado uma redução do spread médio, temos convicção de que há oportunidades interessantes em fundos isentos de infraestrutura. É um momento em que o portfólio de operações exclusivas da Itaú Asset apresenta um diferencial maior.” Fayga Czerniakowski Delbem, superintendente de crédito na Itaú Asset
2º lugar — JGP Debêntures Incentivadas
“O nosso principal diferencial são os ganhos adicionais no mercado secundário. Não mantemos uma posição até o vencimento se não fizer sentido. Além disso, usamos estratégias de proteção. Se temos uma leitura que as NTN-Bs vão abrir, podemos proteger convertendo os ativos de IPCA+ para CDI+. Exploramos a parcela que temos para alocar em ativos fora de infraestrutura, pós-fixados em CDI+. Temos CVC, que chegou a bater CDI + 12%. Na linha de infraestrutura, temos na carteira MetroRio. É um ativo que sofreu bastante na pandemia, mas foi beneficiado por ajustes tarifários e recebeu uma porte governamental de 300 milhões de reais. O fundo também captou fortemente e encerrou 2023 perto de 400 milhões de reais. Estamos bem otimistas, por três principais razões: fundos novos sendo lançados, início da tributação de fundos exclusivos, aumentando a demanda por infraestrutura, e a nova lei das debêntures de infraestrutura, que deve reduzir a oferta. Também seis novos setores que vão poder começar a emitir, sendo os principais saúde, educação e parques urbanos. As carteiras vão diversificar um pouco mais, e o mercado vai crescer de uma forma geral.” Antônio Pedro, sócio e gestor dos fundos de debêntures de Infraestrutura da JGP
3º lugar — BTG Pactual Debêntures Incentivadas
“Nossa estratégia prioriza a escolha seletiva e a proximidade com as empresas emissoras para entender os riscos. Não tínhamos Light e Americanas, mostrando essa seletividade. Em 2023, nos posicionamos para ganhar com o fechamento da curva de juros. A postura ativa no mercado também foi um diferencial. Compramos muito no primeiro semestre, aproveitando o pós-evento Americanas para colocar ativos baratos na carteira. Quando vimos esses papéis se valorizando, fomos rápidos e vendemos mais caro. Não montamos uma carteira e seguimos, estamos sempre comprando e vendendo. Em 2023, empresas de saneamento foram a novidade, e rodovias também conseguiram capturar um bom resultado. Diversificação e foco em ativos líquidos são pontos que usamos para mitigar risco. Isso impulsionou a performance. Para 2024, estamos com boa perspectiva, prevendo entrada de recursos na indústria de fundos incentivados devido à reforma tributária, gerando mais liquidez, com novos emissores.” Eduardo Arraes, sócio e head dos fundos de crédito corporativo.
Multimercado | Macro
Investe em diferentes classes de ativos (como renda fixa, ações, câmbio, juros e derivativos) com estratégia focada em indicadores e cenários macroeconômicos de curto e médio prazo
Estes gestores acertaram o timing de suas apostas com o cenário macroeconômico nos EUA e com o novo governo no Brasil
OS MELHORES DA CATEGORIA – listados em ordem alfabética
ABSOLUTE VERTEX
ACE CAPITAL
BTG PACTUAL DISCOVERY
CLAVE ALPHA MACRO
GENOA CAPITAL RADAR
ITAÚ GLOBAL DINÂMICO BAIXA VOL
JGP MAX
KAPITALO K10
KINEA APOLO
NEO PROVECTUS
1º lugar — Neo Provectus
“Os responsáveis pelo nosso resultado em 2023 foram o mercado brasileiro de juros e, em menor proporção, o mercado de juros internacional. A visão do juro em queda e de um ciclo de corte maior e mais atrasado do que o mercado precificava fez com que montássemos nossas principais posições. Vendemos taxas em investimentos até três anos e boa parte do ano compramos taxas com vencimentos em cinco, sete anos. Lá fora, metade do resultado veio em operações de diferencial de taxa entre os países. Neste ano, diferente do que vimos em 2023, enxergamos o mercado bem precificado, ou seja, sem grandes oportunidades em juros. Acredito que há outros ativos que ainda devem se favorecer mais em 2024. O que temos feito dentro de cada um dos mercados é o que eu chamo de correr riscos mais específicos. Na parte de ações, existem alguns setores na bolsa, especialmente o de consumo, que na nossa análise têm condições de se beneficiar com os juros mais baixos. Estamos mais otimistas para os ativos de risco aqui no Brasil. A mesma coisa vale para o internacional.” Mario Schalch, gestor de multimercado da Neo Investimentos
2º lugar — Absolute Vertex
“O consenso global era que seria necessária uma recessão para fazer com que a inflação voltasse para as metas. Porém, achávamos que a probabilidade de essa convergência ocorrer sem ser gerada uma recessão era muito maior do que o mercado havia precificado. Acertamos a direção do que aconteceria, mas essa convergência ocorreu até mais rapidamente do que esperávamos. Dentro desse cenário, entendemos que a bolsa americana era o melhor ativo para ter e foi uma de nossas maiores posições. Esperávamos por alguma expansão de múltiplos. Isso ainda não aconteceu porque, em grande parte, os lucros acompanharam o crescimento dos preços das ações. Só que ainda devemos ver essa expansão de múltiplos, mesmo com lucros mais altos. Neste ano, deverá ser menos concentrado, mas as empresas de tecnologia deverão ser as mais beneficiadas novamente. Para o mercado, a bolsa já está cara nos Estados Unidos, não para nós. Temos vendido moeda chinesa contra o real. É uma aposta pessimista que serve de proteção para a perspectiva de alta da bolsa americana e ainda tem um carrego positivo.” Fabiano Rios, CIO da Absolute Investimentos.
3º lugar — Clave Alpha Macro
“No ano passado, a macroeconomia teve dois grandes temas. Um global, com o final do ciclo econômico de aperto dos juros para controlar o processo inflacionário deixado pela pandemia. Nos Estados Unidos, isso levou a dinâmica do mercado de juros, em razão do aumento da dívida pública, a ficar semelhante ao de países emergentes, tornando mais difícil monetizar sobre ele. Outro tema foi o início do governo Lula e a decepção inicial do mercado. Isso levou a uma desvalorização no preço de diferentes classes de ativos, como bolsa, câmbio e renda fixa. Montamos posições mais otimistas considerando que o Brasil poderia sair na dianteira do corte de juros. Fomos surpreendidos pelo arcabouço fiscal — que não eliminou todos os riscos, mas trouxe uma regra de gastos — e pela reforma tributária. Nossa estratégia foi surfar a renda fixa e, quando ela começou a precificar o corte de juros na curva, migramos para abolsa. Para 2024, acreditamos que os temas ainda serão a desinflação e o início de corte de juros globais. Além disso, vamos lidar com a desaceleração cíclica na economia da China.” Rodrigo Carvalho, sócio e CIO Macro, e Rubens Henriques, CEO e sócio-fundador da Clave
Multimercado | Macro Previdência
Possui premissas semelhantes às de um fundo multimercado macro, mas com benefícios fiscais voltados para a aposentadoria do investidor. Está sujeito às regulações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como todos os fundos, e da Superintendência de Seguros Privados, pelo caráter previdenciário.
Os melhores gestores dessa categoria acertaram na aplicação de juros e de dólar no ano passado
OS MELHORES DA CATEGORIA – listados em ordem alfabética
ABSOLUTE VERTEX PREV
ACE CAPITAL PREV
BTG PACTUAL DISCOVERY PREV
GÁVEA MACRO II PREV
ITAÚ OPTIMUS TITAN FLEXPREV
JGP PREV
KINEA APOLO PREV
KAPITALO KAPPA PREV
KAPITALO K10 GLOBAL PREV
VINLAND MACRO PREV
1º lugar — Kinea Apolo Prev
“Trabalhamos durante dez anos criando a base da Kinea e treinando os colaboradores com a cultura da casa. Não queremos ser o melhor fundo em um mês e o pior no mês seguinte; buscamos consistência. Mas, se tivesse que indicar alguns pontos sobre nosso desempenho no último ano, diria que soubemos aplicar em juros no Brasil melhor que a média do mercado. Havia muito medo com a eleição do Lula, e muitos tinham receio de apostar na queda do juro. Identificamos a tendência primária e soubemos entrar e sair. O mesmo ocorreu no mercado de juros dos Estados Unidos: os juros fecharam muito com a quebra do SVB e apostamos na normalização. Também acertamos na compra do dólar. Para 2024, que deve ser um dos últimos anos de aperto monetário, os ativos de risco devem performar melhor. Estamos mais construtivos em bolsa global e também na renda variável brasileira. No geral gostamos de temas mais estruturais: somos essencialmente um fundo multimercado — temos 27 bilhões de reais sob gestão no segmento ante 120 bilhões de reais no acumulado da gestora. Para quem investe pelo produto de previdência, há uma oportunidade tributária, de acumular capital sem o come-cotas.” Ruy Alves, gestor da Kinea
2 º lugar — Absolute Vertex Prev
“As posições em bolsa americana foram as que mais contribuíram para a performance do fundo no ano passado. Estávamos com uma cabeça diferente do consenso em relação à probabilidade de os Estados Unidos caírem numa recessão. Ainda estamos otimistas. Estamos no início de um ciclo de tomada de risco. A economia está muito bem, assim como as empresas, enquanto a inflação deverá seguir surpreendendo para baixo. É um período similar aos anos 1990, em que o desemprego era relativamente baixo, havia crescimento forte e uma ruptura tecnológica aparecendo, que era a internet. Desta vez, a inteligência artificial fará o papel de aumento de produtividade. Não consigo ver um cenário melhor para ações, especialmente para as americanas. Como em todo início de ciclo, deverá haver a valorização dos ativos até um ponto em que vão ficar caros, mas acho que ainda estamos longe disso. Como eu acho que a economia americana segue surpreendendo muito positivamente, acredito que há uma chance razoável de o dólar seguir forte. Seguimos comprados em bolsa americana e em dólar frente a uma cesta de moedas.” Fabiano Rios, CIO da Absolute Investimentos