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Diversificação regional é chave para manter baixa volatilidade
Estratégia para buscar ganhos acima da média mesmo em tempos turbulentos também envolveu papéis mais curtos
Por Gabriela da Cunha — Para o Valor, do Rio
Para buscar ganhos acima da média mesmo em tempos turbulentos, papéis mais curtos, diversificação regional e teses vinculadas a bolsas de países desenvolvidos foram algumas das estratégias adotadas nos últimos 36 meses por três dos dez fundos multimercados com volatilidade relativamente baixa, inferiores ao índice de renda fixa prefixado (IRF-M), segundo o “Guia Valor de Fundos de Investimento”.
Na Vinci Partners, a sinalização vinda ainda no último trimestre de 2020, de que a inflação iria surpreender para cima, levou a gestora a adotar títulos do tesouro com vencimentos mais curtos para o fundo Vinci Valorem FIM. Com alocação também em derivativos da B3, moedas (especialmente em real) e uma fatia menor em cupom cambial, a casa conseguiu manter a volatilidade do produto sob controle em janelas mais longas.
“Conseguimos trazer a volatilidade para baixo e ter um alto nível de proteção do fundo em relação à inflação. Surfamos bem pelo período em que o Copom jogou os juros para cima. Em alguns momentos conseguimos ter volatilidade na faixa de 3%”, comenta Fernando Lovisotto, sócio da Vinci.
Já no JGP Strategy FIC FIM, cujo aporte inicial é de R$ 100 mil, tem a abertura de taxa dos países desenvolvidos e a venda de posições em bolsa nesses locais como teses relevantes em 2022. Segundo Evandro Mota, sócio e gestor de fundos multimercados da JGP, a análise de moedas emergentes foi posta, mas de maneira tática, e trouxe uma resposta satisfatória nos momentos de busca por refúgio por parte do investidor estrangeiro. “É um produto que tem uma relação de risco e retorno muito consistente em todos os canais. Em qualquer cenário avaliamos que se prova como nível de volatilidade controlada”, observa.
Outro multimercado que alcançou baixa volatilidade com operação focada em juros e moedas e forte diversificação regional – especialmente Chile, Colômbia, México e Estados Unidos – foi o BTG Explorer FIM. Com jeito de renda fixa, no ano passado o maior peso na rentabilidade veio do Chile, segundo Julio Siqueira Filho, Co-CIO de multimercados e renda fixa da BTG Asset Management. Em 2022, até agora, é da parte de cima das Américas. “Recentemente tivemos uma exposição mais focada dentro dos Estados Unidos. Consideramos que agora as altas precificadas estão mais próximas dos valores justos. Avaliamos até que tem potencial adicional de abertura da curva americana, porém o nível de preços não nos parece mais tão errado como no início do ano”, diz.
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