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MídiaBB e JGP criam nova gestora para fundos ESG
A JGP e a BB Asset, do Banco do Brasil, decidiram criar uma nova gestora especializada em ESG.
A casa deve nascer com um patrimônio de cerca de R$ 500 milhões, formado pelos fundos ESG que a JGP já administra; as carteiras ESG da BB Asset (que somam quase R$ 1,2 bi) permanecem no BB.
O plano é lançar produtos nos segmentos de ações, crédito, private equity e agronegócio.
A estrutura de capital não foi definida, e a empresa ainda precisa de aprovações regulatórias para começar a operar.
BB e JGP firmaram um instrumento de dívida conversível em ações, e essa conversão vai depender de condições como a criação das estruturas de governança da nova empresa(comitês de supervisão, por exemplo).
O prazo para a parceria ser transformada em equity é de 23 meses.
O negócio com a JGP começou a ser gestado no segundo semestre do ano passado, quando Denísio Liberato assumiu a presidência do BB Asset.
Alguns fundos soberanos entraram em contato com a BB Asset procurando opções para“descarbonizar o portfólio”, mas a gestora viu que não tinha nada estruturado para atendero investidor institucional.
“A BB Asset tem o compromisso de ser um hub de investimento ESG,” disse Denísio. A gestão dos fundos vai ficar a cargo da JGP, que vai transferir para a nova gestora sua área de inteligência ESG, chefiada por José Pugas. Márcio Correia, gestor de ações da JGP, e Alexandre Muller, gestor de crédito, vão se dividir entre suas funções na casa carioca e na empresa com o BB.
“A mega diversidade brasileira dá condições ao nosso país de ser muito relevante na transição para uma economia de baixo carbono e de encurtar a distância para as sociedades mais igualitárias e justas,” disse André Jakurski, o fundador da JGP.
A BB Asset, que tem mais de R$ 1,5 trilhão de patrimônio, vem fechando uma série de parcerias com gestoras para suprir a deficiência que tem em alguns mercados.
Por ser obrigada a contratar funcionários por concurso público, a gestora nem sempre consegue atrair os especialistas de que precisa, o que atrasa o crescimento em determinadas áreas. Uma saída é a formação de parceiras.
A primeira foi fechada em novembro de 2022 com a Occam e teve como foco fundos de crédito privado. A segunda foi fechada com a Trígono, especializada em small caps, em junho do ano passado.