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Aliança financeira pró-natureza coloca foco em empresas brasileiras

Reset |26.06.2024

Spring, novo braço de biodiversidade do Principles for Responsible Investment (PRI), escolhe dez companhias do país como alvo de engajamento dos investidores.

Principles for Responsible Investment (PRI), uma das maiores alianças financeiras para promover critérios sociais e ambientais nos investimentos, anunciou hoje um novo braço dedicado à natureza e à biodiversidade – e o Brasil está no centro das atenções.

A iniciativa, anunciada oficialmente nesta quarta-feira na semana do clima de Londres, tem o nome Spring. Uma lista de 60 companhias, das quais 10 são brasileiras, serão o alvo inicial do engajamento de cerca de 66 investidores.

A rede completa do PRI conta com mais de 5,5 mil signatários em 100 países, que somam US$ 120 trilhões em ativos. Pouco mais de 200, que juntos administram aproximadamente US$ 15 trilhões, já anunciaram apoio ao novo programa.

O objetivo é usar a influência do setor financeiro sobre grandes companhias para ajudar a interromper a perda de biodiversidade no planeta e promover a restauração da natureza.

Essa é a meta central do Marco Global da Biodiversidade, aprovado há um ano e meio na Conferência da ONU que trata do tema. O documento é comparado ao Acordo de Paris, que estabelece marcos para o clima.

O diálogo com as empresas deve durar pelo menos cinco anos e terá como foco principal a perda de florestas e a degradação da terra, dois dos maiores motores da perda de diversidade biológica no planeta.

As brasileiras selecionadas incluem quatro bancos e três empresas de proteínas animais. Eis a lista completa:

  • Atacadão
  • Banco do Brasil
  • Bradesco
  • BTG Pactual
  • BRF
  • Gerdau
  • Grupo Pão de Açúcar
  • Itaú Unibanco
  • Marfrig
  • Minerva

A escolha se baseou em dois critérios principais. O primeiro foi a capacidade de influência que as selecionadas têm sobre as pontas de suas cadeias de valor que estão próximas do problema.

A Spring também evitou incluir nomes que já aparecem em outras listas do tipo. JBS, Vale e Suzano, por exemplo, estão no rol de empresas abordadas pela Nature Action 100, uma coalizão com objetivos semelhantes.

A proeminência das nacionais se explica pelo peso do Brasil quando se trata de natureza, diz José Pugas, sócio e head de ESG da JGP, gestora que integra o conselho consultivo da Spring, com a também brasileira Fama Re.capital.

“O país tem relevância gigantesca. Não estamos falando de PIB ou de participação nos portfólios dos gestores, mas sim de concentração de ativos naturais”, afirma o gestor.


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