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Carta Macro Setembro 24

|08.10.2024

Setembro foi marcado pelo início do ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve que, em 18 de setembro, reduziu a taxa básica em 50 pontos base para o intervalo 4,75% a 5,0%, influenciado por dados de mercado de trabalho mais fracos e números de inflação mais tranquilos. Desde então, a comunicação do Fed sinalizou espaço para novos cortes de juros, embora não tenha esclarecido o tamanho das subsequentes reduções ou o espaço total previsto para o ciclo total de queda de juros, mantendo o discurso de “depende dos dados”.

As taxas de juros curtas (2 anos) continuaram o movimento de queda em setembro, encerrando o mês em 3,65% após uma queda de 25 pontos-base e na esteira de 40 pontos base de queda em agosto. A taxa do título de 10 anos teve uma queda menor, de 10 pontos-base, para 3,8%, mas também na sequência de uma queda de 30 pontos em agosto. Com isso, a cesta de títulos do tesouro americano subiu 1,3% em setembro, encerrando o trimestre com uma performance de +4,5%.

No mercado de ações, os primeiros dias do mês foram novamente marcados por um aumento da volatilidade, embora em menor magnitude que o aumento observado em agosto. Mas ao longo do mês a volatilidade caiu e o mês encerrou com performance positiva para as ações do S&P 500, que subiu 2,1% no mês, encerrando o trimestre com uma performance de +5,9%. O movimento não foi concentrado, como pode ser observado na alta de 2,3% do S&P 500 “equal weight” em setembro e na performance de +9,6% no trimestre. Expectativas de um “pouso suave” na esteira de melhores números de inflação e início do ciclo de corte de juros estiveram por trás da boa performance em setembro.

Além do início do ciclo de corte de juros nos EUA, reduções de juros no Canadá, Europa e o pacote de estímulos chinês deram ímpeto aos ativos de risco no mês. Os próximos dados econômicos talvez deixem mais claro qual o tamanho e o ritmo de cortes do ciclo do Fed, mas a proximidade das eleições americanas em 5 de novembro devem mudar o tema do mercado, adicionando um grau de incerteza e risco frente à indefinição sobre o resultado e trazendo à tona temas como risco fiscal, entre outros, que não foram foco do mercado nos últimos meses.


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