Comunicação
Relatórios de GestãoRelatório de Março 2024
Comentário do Gestor de Multimercados
As taxas de juros dos Treasuries norte-americanos oscilaram bastante em março, mas não apresentaram tendência consistente. No início do mês, houve um movimento de ligeira redução das taxas, que foi revertido posteriormente. A taxa de 2 anos fechou praticamente inalterada em relação ao final de fevereiro, enquanto as de 5 e 10 anos ficaram 3 e 5 bps abaixo do fechamento do mês anterior, respectivamente. Os dados econômicos também oscilaram. O CPI, divulgado no início do mês, veio alto, mas o PCE, que saiu alguns dias depois, ficou um pouco mais baixo do que o esperado. O payroll de fevereiro foi forte, mas houve revisão do número de janeiro para baixo. A taxa de desemprego subiu de 3,7% para 3,9% e o PIB do 1º trimestre deve crescer entre 2,5% e 3,0% em termos anualizados. O mercado financeiro está reagindo prontamente à divulgação dos dados econômicos pois o Federal Reserve (Fed) está em modo “data dependent”. Na reunião de março, o comitê manteve as projeções de três cortes de juros em 2024, mas revisou para cima as projeções das taxas de juros dos anos seguintes. O discurso do presidente do Fed, no entanto, foi “dovish”, pois ele fez questão de dizer que o cenário de desinflação não mudou e que oscilações dos dados em torno de uma tendência são naturais. A economia segue com bom crescimento, de modo que os índices de ações continuaram apresentando boa performance, tendo o S&P 500 subido 3,1% no mês. O Euro fechou o mês próximo de 1,08 por Dólar, patamar semelhante ao do fim de fevereiro. Na Europa, tudo indica que o ciclo de cortes de juros será iniciado em junho. A economia da região apresenta menos pujança do que a norte-americana. Na China, a leitura dos dados de atividade ficou um pouco prejudicada pelo feriado móvel do Ano Novo chinês, mas, tudo indica, que a atividade econômica está relativamente bem, com exceção do setor de construção civil, que continua muito fraco. A inflação, por sua vez, segue baixa…