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Relatório de Dezembro 2023
Comentário do Gestor de Multimercados
Internacional
Em dezembro, o fechamento das taxas de juros dos “treasuries” norte-americanos foi destaque novamente, seguindo o movimento que começou em novembro. Os catalizadores do mês foram os dados bem-comportados de inflação, com destaque para o PCE (Personal Consumption Expenditure) que subiu apenas 2,6% YoY no total, e 3,2% YoY no chamado núcleo, que exclui os preços de alimentos e energia. Houve também a reunião do comitê de política monetária (FOMC), que mudou as projeções das taxas futuras do fed funds: atualmente a maioria dos membros projeta três cortes de 25 bps em 2024, quando anteriormente só havia projeção de um corte. A reunião do FOMC foi seguida por uma entrevista do Presidente, Jerome Powell, que deixou clara a possibilidade do Fed iniciar um movimento de redução das taxas de juros nos próximos meses. Com isso, houve um forte movimento de propensão ao risco nos mercados.
As bolsas dos EUA subiram, com o S&P 500 registrando alta de 4,4% no mês. As taxas de juros norte-americanas de 2 e 10 anos caíram 43 bps e 45 bps, respectivamente. Na Europa, as bolsas também tiveram bom desempenho. Em relação às moedas, o Euro ganhou 1,4% frente ao Dólar e o Yen teve alta de 4,8%, seguindo a lógica da correlação inversa com a taxa de juros. Na China, as bolsas continuaram registrando desempenho fraco e o Yuan variou pouco frente ao Dólar, ficando na casa de 7,10. A atividade econômica está relativamente fraca para os padrões chineses, enquanto a crise do setor imobiliário persiste. A inflação, por sua vez, continua baixa, o que leva
muitos analistas a propor uma política monetária mais expansionista. No entanto, as autoridades têm optado por uma estratégia mais conservadora, preferindo usar linhas de financiamento mais baratas, direcionadas à alguns setores.