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ESGManual: Cálculo de Emissões Financiadas de Gases de Efeito Estufa
Com os efeitos do aquecimento global antropogênico cada vez mais irrefutáveis, é crucial reduzirmos drasticamente as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) para atingirmos a meta global de limitar o aquecimento médio do planeta a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.
As gestoras de recursos, como a JGP, possuem um papel importante no alcance desse objetivo ao alinharem e demandarem que as empresas das quais são ou serão acionistas e/ou credores invistam e fomentem tecnologias para eliminar até 2050 volumes relevantes de GEE da atmosfera.
Elaboramos um manual que oferece às instituições financeiras diferentes abordagens para o cálculo de suas emissões financiadas de gases de efeito estufa (GEE). O foco está em auxiliar gestoras de ativos, destacando a importância da ação coletiva na luta contra as mudanças climáticas e seu papel na transição para uma economia de baixo carbono.
O documento passa pelo conceito de emissões de GEE e seu impacto no planeta, além de destacar os compromissos feitos pela Net Zero Asset Managers Initiative. Além disso, destaca as iniciativas no Brasil, como a iniciativa Investidores pelo Clima (IPC), que visa promover estratégias de descarbonização entre os investidores brasileiros.
Conheça as iniciativas e compromissos da JGP
O manual aborda os diferentes escopos de emissões de GEE e explica como são medidos e relatados, diferenciando os tipos de emissões em escopo 1 (emissões diretas), escopo 2 (emissões indiretas de energia comprada) e escopo 3 (outras emissões indiretas), abordando, também, o conceito de emissões de CO2 biogênico e a necessidade de relatá-las separadamente.
O cálculo das emissões financiadas, geradas por investimentos realizados por instituições financeiras, basea-se na metodologia da Partnership for Carbon Accounting Financials (PCAF), enfatizando a importância da qualidade dos dados e da transparência na divulgação das emissões financiadas.
O manual indica diferentes fontes de dados para se obter os dados de emissões de gases de efeito estufa das companhias, como o Carbon Disclosure Project (CDP) e o Programa Brasileiro do Protocolo GHG. Um outro relevante ponto abordado é o uso de proxies, discutindo quanto ao seu uso em casos quando as emissões não estão disponíveis e enfatizando a necessidade de sua utilização baseada em atividade física e não em atividade financeira, afim de uma maior precisão.
O documento provê critérios de avaliação de qualidade de crédito, destacando a importância dos créditos de alta qualidade para compensar as emissões residuais, compartilhando os critérios para avaliar a qualidade desses créditos para que eles sejam considerados de alta integridade.
Por fim, o manual discute o conceito de neutralidade de carbono e zero líquido (net zero), destacando a diferença entre os dois e a importância de se estabelecer metas baseadas na ciência para a redução de emissões. No documento é dada ênfase na necessidade de transparência na divulgação de emissões e créditos de carbono, e destaca o papel da iniciativa Science Based Targets (SBTi) na definição de guias para as empresas seguirem.
Em suma, o documento fornece um guia abrangente para gestores de ativos sobre o cálculo e a divulgação de emissões de GEE financiadas. Ressaltamos a importância da ação coletiva e da transparência na luta contra as mudanças climáticas, e destacamos as metodologias e iniciativas relevantes para o setor financeiro.
Baixe aqui o Manual de Cálculo de Emissões Financiadas de Gases de Efeito Estufa